Foto: Jean Pimentel (Arquivo Diário)
Dos 32 município que fazem parte da 4ªCRS, apenas 3 oferecem os tratamentos. Entre eles a cidade de São Sepé que disponibiliza meditação de graça aos moradores
O Ministério da Saúde incorporou 10 novas práticas de medicina integrativa e complementar no Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, são 29 os procedimentos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais oferecidos pelo sistema público de saúde. Serão incluídas práticas como aromaterapia, constelação familiar, cromoterapia e terapia de florais.A inclusão foi assinada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, na abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Complementares e Saúde Pública, na segunda-feira.
Em Santa Maria, essas práticas ainda não estão disponíveis na Rede de Atenção Básica. Já nos municípios que integram a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ªCRS), apenas três cidades (veja abaixo) oferecem algum tipo de tratamento para a população.
O objetivo da oferta é para que essas práticas sirvam de investimentos em prevenção de saúde, para que as pessoas não fiquem doentes, e, com isso, evitem que os problemas se agravem, que elas sejam internadas e passem por cirurgias, o que gera custos para o sistema e tira qualidade de vida do cidadão.
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Em 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), eram ofertados apenas cinco procedimentos. Após 10 anos, em 2017, foram incorporadas 14 atividades, chegando as 19 práticas disponíveis atualmente à população. Agora, outras 10 farão parte da lista (veja no quadro).
De acordo com o Ministério da Saúde, evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. E estima que cerca de 5 milhões de pessoas, por ano, participem das práticas alternativas oferecidas pelo SUS.
Desde a implantação, o acesso dos usuários tem crescido, mas não é o caso aqui em Santa Maria. Conforme a Secretaria de Saúde, o município ainda não oferece essas práticas integrativas e complementares porque não há, no quadro funcional da prefeitura, profissionais que atuem com essas modalidades nem recursos previstos no orçamento para a contratação desses serviços. A notícia de implantação das práticas no SUS é recente e, futuramente, o órgão poderá estudar a oferta dessas terapias na rede de saúde do município.
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Já conforme a enfermeira e coordenadora da Política de Doenças de Agravo Não Transmissíveis, Maria Lúcia Degrandi, três dos 32 municípios que fazem parte da área de abrangência da 4ª CRS disponibilizam esse serviço: Nova Palma (meditação, biodança e dança circular), São Sepé (meditação, medicina tradicional chinesa, dança circular e musicoterapia), Faxinal do Soturno (ioga e meditação).
_ Cabe a nós incentivarmos os municípios da região a aderirem aos tratamentos, mas é o gestor de cada cidade que decide isso e disponibiliza os profissionais para ofertar os tratamentos. O custo está integrado junto aos recursos que o Ministério da Saúde já envia para o município. Faz parte do orçamento _ explicou Maria Lúcia.